segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Ser mestre Maçom é...

06/12/2014 Exaltação de Igor - Laert - Salustiano e Vildomar

... mais do que uma chegada, uma nova partida, não um objetivo atingido mas um projeto sempre em execução. A Exaltação à Mestre possibilita que o Obreiro atento o entenda desde logo.

Simplesmente, enquanto até aí o maçom teve guias e apontadores de caminhos, quando a Loja concede a um maçom a sua “carta” de Mestre, este sente-se um pouco como aquele que, após as suas lições e o seu exame de condutor, recebe a sua carta de condução: está habilitado a conduzir (a conduzir-se...) mas... inevitavelmente que sente alguma ansiedade por estar por sua conta e risco, sem rede que ampare suas quedas em possíveis erros.

Assim, apesar de serem as mais visíveis manifestações da mudança de estado conferida pela Exaltação à Mestre, não são o seu direito à palavra e o seu direito ao voto que são importantes. Importante é a sua total capacidade de exercer o seu verdadeiro e pleno direito ao seu caminho. O direito a trilhar o seu caminho por si, só, se assim escolher ou assim tiver que ser, ou acompanhado por quem quiser que o acompanhe e que o queira acompanhar, se assim for de vontade dos interessados, pelo tempo que quiser, por onde quiser, como quiser, para o que quiser.

O direito ao seu caminho enquanto cidadão já o tinha desde que atingiu a idade adulta e como adulto foi pela lei do Estado considerado. O direito ao seu caminho enquanto maçom, ou seja, o caminho do aperfeiçoamento, da busca da excelência, da proximidade tão próxima quanto humanamente possível for, da Perfeição, a ser trilhado por si só, como quiser, quando quiser, pela forma que quiser, adquire-o o Maçom com a sua Exaltação à Mestre, após o tempo de preparação que necessário foi para que não seja em vão que esse direito lhe seja conferido, para que efetivamente o exerça. Porque é um direito que o Mestre Maçom deve exercer como um dever, com a diligência do cumprimento de uma obrigação.

Ser Mestre Maçom é, assim, essencialmente cumprir o dever de exercer o seu direito de escolher e percorrer o seu caminho para a excelência.

Para quem andou longo tempo a ser guiado, não é fácil ver-se, de um momento para o outro, responsável pelo seu caminho, sem ajuda, sem orientação, sem rede. Responsável, porque livre, porque pronto, porque assim é o destino do homem que busca o brilho da Luz, da sua Luz. Mas, após uma pausa para ganhar orientação e pesar as suas escolhas, todos os Mestres Maçons seguem o seu caminho – porque para isso foram preparados, por isso são Maçons, com isso são verdadeiramente Mestres.

O caminho que cada Mestre Maçom decide escolher tem em conta a primacial pergunta que faz a si mesmo: Que fazer, como fazer, para ser melhor? A essa pergunta cada Mestre Maçom vai obtendo a sua resposta, pessoal, íntima, tão diferente das respostas de outros quanto diferente dos demais ele é. E é na execução da resposta que vai obtendo, no traçar do trabalho que essa resposta propõe, que o Mestre Maçom constrói, porque construtor é, o seu percurso. E a cada estação conquistada, novamente a mesma pergunta de sempre se lhe coloca: que fazer, como fazer agora para ser de novo melhor? E nova resposta e novo percurso e nova paragem, com nova e sempre a mesma pergunta, com outra resposta e outro percurso, incessantemente se apresentam.

Mas o Mestre Maçom não sabe apenas buscar a resposta à sua pergunta. Sabe também que, embora cada um trilhe o seu solitário caminho, os caminhos dos maçons têm muito de comum e sobretudo são postos por eles muito em comum.

O Mestre Maçom sabe assim que o que adquire, o que ganha, o que aprende, o que consegue, não é para ser avaramente fruído apenas por si, antes é para ser posto em comum com a Loja, pois também é do comum da Loja que recolhe contributos, ajudas, meios, ferramentas, para melhor e mais frutuosamente obter respostas às suas perguntas.

Ser Mestre Maçom é, assim, sempre, dar o seu contributo à Loja, seja no que a Loja lhe pede e ele está em condições de dar, seja no que ele próprio considera poder tomar a iniciativa de proporcionar à Loja. Porque ser Mestre Maçom é também saber que, quanto mais der, mais receberá, que a sua parte contribui para o todo mas também aumenta em função do aumento desse todo e que, afinal, não é vão o dito de que “dar é receber”.

Ser Mestre Maçom é portanto saber que o seu percurso pessoal será mais bem e mais facilmente percorrido se o for com a Loja, pela Loja, a bem da Loja. Porque o bem da Loja se traduz em acrescido ganho para o maçom, que assim consegue realizar o paradoxo de ser um individualista gregário, porque integra e contribui para um grupo que é gregário porque preza e impulsiona a individualidade dos que o compõem.

Ser Mestre Maçom é descobrir que a melhor forma de aprender é ensinar e assim escrupulosamente executar o egoísmo de ensinar os mais novos, os que ainda estão a trilhar caminhos que já trilhou, dando-lhes o valor das suas lições e assim ganhando o valor acrescido do que aprende ensinando – e sempre o homem atento aprende mais um pouco de cada vez que ensina.

Ser Mestre Maçom é comparecer e trabalhar na Loja, mas sobretudo trabalhar muito mais fora da Loja. Porque o que se faz em Loja não passa de “serviços mínimos” que apenas permitem a sobrevivência da Loja e o nível mínimo de subsistência do maçom. O trabalho em Loja é apenas um princípio, uma partícula, uma gota, uma pequena parte do trabalho que o Mestre Maçom deve executar em cada um dos momentos da sua existência.

Ser Mestre Maçom é portanto mais do que aguardar que algo lhe seja pedido, antes tomar a iniciativa de fazer algo – não para ser reconhecido pela Loja, mas essencialmente por si, que é o que verdadeiramente interessa.

Ser Mestre Maçom não é necessariamente fazer grandes coisas, excelsos trabalhos, admiráveis construções. Mais válido e produtivo é o Mestre Maçom que dedica apenas cinco minutos do seu dia a fazer algo muito simples em prol da sua Loja, da Maçonaria, afinal de si próprio, desde que o faça efetivamente todos os dias, do que aqueloutro que uma vez na vida faz algo estentório, notado, em grande estilo, mas sem continuidade. Porque a vida não se esgota num momento, nem numa hora, nem num dia. A vida dura toda a vida e é para ser vivida todos os dias de toda a vida.

Ser Mestre Maçom não é necessariamente ser brilhante, mas é imprescindivelmente ser persistente E o Mestre Maçom que persistentemente realize dia a dia, pouco a pouco, o seu trabalho, pode porventura passar despercebido, não receber méritos nem medalhas nem honrarias, mas tem seguramente o maior mérito, a maior honra, a melhor medalha, o maior reconhecimento a que deve aspirar: o de ele próprio reconhecer que fez sempre o seu trabalho, deu o seu melhor, persistiu na sua tarefa e, de cada vez que olhou para si próprio, viu-se um pouco, um poucochinho que seja, melhor do que se vira da vez anterior. E assim sabe que, pouco a pouco, no íntimo do seu íntimo, sem necessidade que outros o honrem por tal, ganhou um pouco mais de brilho, está um passo mais próximo do seu objetivo, continua frutuosamente percorrendo o seu caminho para o que sabe ser inatingível e, no entanto, persiste em procurar estar tão próximo de atingir quanto possível: a Perfeição!

Em suma, ser Mestre Maçom define-se com o auxílio de uma frase que li há algum tempo e que foi dita por alguém que creio até que nem sequer foi maçom, Manuel António Pina, jornalista, escritor, poeta, laureado com o Prêmio Camões em 2011, falecido em 19 de outubro de 2012: o Mestre Maçom é aquele que aprendeu e que pratica que o mínimo que nos é exigível é o máximo que podemos fazer.

Rui Bandeira


Na data do dia 06/12/2014 os irmãos Igor, Laert, Salustiano e Vildomar foram exaltados a mestres maçons. Parabens a todos pelo ingresso no 3º degrau da instituição, pois todos somos a lenda viva!!! A lenda que jamais morrerá!!! Pois a acácia nos é conhecida...


segunda-feira, 3 de março de 2014

Nota de Falecimento Mario Girardi

É com grande pesar que a ARLS Amâncio Ramos de Arruda nr.3841 do Oriente de Acorizal comunica o falecimento do irmão Mario Girardi na manhã do dia 03/03/2014.

O velório esta sendo realizado na capela Roseira (Jardins) em Cuiabá e o enterro sera dia 04/04 as 09 horas.

Que a força do Grande Arquiteto possa confortar os familiares e amigos.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Aniversario da Loja

ARLS Amâncio Ramos de Arruda nº3841 do Oriente de Acorizal MT é Federada ao GOB e Jurisdicionada ao GOB MT, comemora nesta data 09/02/2014 o seu 7º aniversário. Atualmente, a Loja é composta de 23 obreiros, todos sintonizados em harmonia e com o mesmo ideal maçônico, Tornar cada um de seus membros um Templo Sagrado, para que sejamos vistos como exemplos vivos para os nossos familiares e principalmente, para os observadores externos. Buscando sempre a sabedoria, aprimoramento moral e intelectual e a promoção do bem estar social entre os irmãos, seus familiares e a sociedade.
A Loja Amâncio Ramos de Arruda destaca-se pela simplicidade, pela rotatividade dos cargos exercidos em loja e pelo fato de ter adotado uma política democrática e participativa entre os obreiros, onde todos participam ativamente da vida da loja, qualquer irmão tem o direito de se manifestar acerca dos assuntos colocados em discussão, sem o menor constrangimento ou cerceamento do direito de livre expressão, predominando-se na atual administração da loja uma verdadeira união entre seus membros, onde os temas pertinentes são amplamente discutidos e levados à votação de maneira transparente e democrática, fazendo com que o resultado final, independente do placar, seja sempre soberano.
Destaques da loja Ano a Ano:
Antes de começar a árvore da vida da Loja, percorria-se nos bastidores os irmãos das lojas mães, a ARLS Perseverança e ARLS Luzes e Liberdade, onde buscavam pessoas da região de Acorizal que seriam livres e de bons costumes para adentrar-se a Instituição Maçônica.
Ano de 2007: Destacou-se a iniciação de 15 valorosos irmãos.
Ano de 2008: A criação do time de futebol, a 1ª elevação a Companheiro Maçom e o Boi no rolete no Campus Perseverança.
Ano de 2009: O inicio da construção do Templo, Sessão aberta em comemoração ao dia das mães realizada na cidade de Acorizal, a 1º a exaltação a Mestre Maçom, o Arraial do bode, posse da nova diretoria, Iniciação de Adriano, Peterson e Hugo. 
Ano de 2010: Leilão na residência de Clecinho e a rifa da moto. 
Ano de 2011: O inicio ao consorcio da Loja e aniversariantes do mês, lanches em todas as sessões, posse de nova diretoria, a Instalação de Toninho, a aprovação do projeto do irmão Galvão – Bolsa Emprego Maçônico (BEM), Rifa do Poney e Criação do Blog da Loja. 
Ano de 2012 Iniciação dos irmãos Laert, Salustiano, Igor e Vildomar. 
Ano de 2013 marcou-se os inicios dos trabalhos no tão esperado Templo.
Também aqui, meus diletos irmãos, gostaria de deixar consignado neste humilde arrazoado, que hoje é um dia muito especial para a Loja Maçônica de Acorizal, que está completando 7 anos de existência, em cuja oficina já passou mais de uma centena de irmãos visitantes, e ainda, permanece ativa e respeitada como nunca, graças aos esforços, empenho e dedicação de alguns obreiros e vários irmãos visitantes.
Por derradeiro, é louvável deixar bem claro no meu modesto ponto de vista que, se temos hoje uma oficina conceituada e festejada no mundo maçônico, isto só foi possível pelo fato de possuirmos em nosso quadro de obreiros, irmãos envolvidos e comprometidos com a nossa missão principal, que é tornar os homens bons e ainda melhores.
Finalmente, amados irmãos, tenho a perspectiva de que o nosso futuro será bastante promissor, com o aprimoramento dos atuais irmãos e as admissões em curso, isto é, se mantivermos a mesma filosofia de trabalho compartilhado, dinâmico, realizador de nossos objetivos, acredito que um trabalho onde todos são ouvidos e respeitados, os resultados são sempre os melhores possíveis. Só assim a maçonaria poderá ocupar o papel que lhe cabe, em defesa da Liberdade, Igualdade e da fraternidade, e construir um mundo melhor, mais humano, mais justo e mais fraterno.
Parabéns a Loja
E que o Grande Arquiteto nos ilumine. 

Em 09/02/2014