Padilha e Milhomem |
Em certas Obediências francesas, este cargo é confiado ao Ex-Venerável que passa do Oriente ao Ocidente, das funções mais elevadas às mais humildes, dando a todos os Irmãos, o exemplo da modéstia e da dedicação.
Contudo, é preciso que fique bem claro que, em Maçonaria, não existem cargos brilhantes ou humildes; todos têm igual importância uma vez que a Loja não funcionará se eles não forem preenchidos. O que se pode dizer é que há carga de maior ou menor responsabilidade.
Longe de ser o mais humilde, o cargo de Guarda do Templo é um dos mais importantes da Loja, mas como o Venerável que sai torna-se o Conselheiro do Venerável que assume, este cargo bem poderia ser, sem nenhum desdouro, ocupado pelo ex-Venerável Imediato, depois da eleição do novo Venerável Mestre, se não for designado para uma função onde seus talentos se tornarem mais necessários em benefício da Loja.
A prova da grande importância deste cargo, se verifica na Maçonaria Inglesa. Lá as Lojas se elegem apenas o Venerável, o Tesoureiro e o Guarda do Templo, por considerarem tais cargos os de maior responsabilidade, devendo por isso merecer o voto de todos os Irmãos da Loja. O Venerável Mestre é que nomeia os ocupantes de todos os outros cargos, inclusive, os Vigilantes.
Ignorando-se tais detalhes, um grande número de Lojas, quando falta o titular e alguns Mestres, para completar o número necessário exigido, para início dos trabalhos, não hesita em confiar este Cargo a um Aprendiz ou Companheiro, inexperiente, o que é uma lástima, uma heresia.
O Irmão Guarda do Templo não deverá deixar ninguém entrar no Templo a não ser Irmãos convenientemente revestidos com suas insígnias.
Em hipótese alguma, o Guarda do Templo poderá afastar-se do seu lugar junto à porta do Templo, cuja guarda lhe foi confiada. Quando estiver sentado, há de segurar sempre a Espada na mão.
A verificação de cobertura do Templo é uma cerimônia ritualística imprescindível.
Muitas Lojas, infelizmente, não possuem o cargo de Cobridor, sob a alegação estapafúrdia de que o Templo possui um zelador (ou um porteiro, nos edifícios com vários Templos), que já vela pela segurança dos trabalhos. Isso é bobagem grossa, pois leva ao pé da letra uma exigência simbólica; não se pode esquecer que o Cobridor fica no átrio somente durante a abertura dos trabalhos, entrando, depois, e ocupando o seu lugar em Loja. Ou uma Loja funciona ritualisticamente bem, com todos os seus Oficiais e todo o cerimonial apropriado às Sessões ritualísticas, ou perde a sua qualificação maçônica, transformando- se num simples clube de amigos.
Compete ao cobridor:
Zelar pela segurança do Templo, abrindo e fechando a porta de entrada para o ingresso e a saída dos obreiros, representando o traço de união entre o mundo externo e a Loja;
Comunicar em voz baixa, ao 1º Vigilante tudo que ocorrer junto à porta, dentro ou fora do Templo.
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